Tribunal reconhece abusos sofridos por Dilma Rousseff
Em uma decisão histórica, o Tribunal Regional Federal da 1ª Região acolheu o pedido da ex-presidente Dilma Rousseff, assegurando o valor de R$ 400 mil em indenização por danos morais devido à perseguição política que sofreu durante a ditadura militar brasileira. A medida é um reflexo das graves violações de direitos humanos a que Dilma foi submetida, incluindo prisões ilegais e torturas físicas e psicológicas.
O tribunal, em sua análise, destacou que a ex-presidente, que foi presa aos 22 anos em 1970 por sua atuação na resistência ao regime militar, enfrentou 22 dias de tortura, que incluíram violência física e choques elétricos. A decisão também inclui a garantia de um pagamento mensal e contínuo, considerando o salário médio que ela receberia se não houvesse sido interrompida por sua detenção.
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O TRF enfatizou que Dilma foi submetida a reiterados atos de abuso, que não apenas violaram seus direitos fundamentais, mas também deixaram marcas permanentes em sua saúde física e mental. Isso, segundo o tribunal, justifica a reparação por danos morais, reconhecendo a gravidade das torturas e a importância de reparar o sofrimento causado.
Em um movimento paralelo, em maio deste ano, a Comissão de Anistia do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania havia aprovado, por unanimidade, o pedido de anistia política de Dilma, reconhecendo as violações de direitos humanos que ela enfrentou. Além da indenização de R$ 400 mil, a ex-presidente também receberá uma compensação única de R$ 100 mil, o teto máximo previsto, por essas violações.
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Vale lembrar que Dilma Rousseff já havia recebido anteriormente indenizações de outros estados, como Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, totalizando R$ 72 mil por torturas ocorridas em suas prisões. Esses valores são um reconhecimento das injustiças que muitas pessoas sofreram durante um dos períodos mais sombrios da história brasileira.
A decisão da Justiça, portanto, não apenas representa um avanço na reparação de danos a Dilma Rousseff, mas também um marco no reconhecimento das violências praticadas durante a ditadura, contribuindo para o fortalecimento da memória histórica e dos direitos humanos no Brasil.

