Competição de Alto Nível em Tóquio
As Surdolimpíadas de Verão 2025, que começaram no último sábado (15) em Tóquio, prometem ser um marco no esporte inclusivo. Com a participação de aproximadamente 6 mil atletas, entre competidores e membros da organização, o evento conta com 118 atletas brasileiros, dos quais 83 são beneficiários do programa Bolsa Atleta. Esta edição reúne representantes de 70 a 80 nações e vai até o dia 26 de novembro, evidenciando o compromisso do Brasil com o esporte surdolímpico.
O secretário nacional de Paradesporto, Fábio Araújo, salienta a relevância do investimento em atletas surdos. “É um grande orgulho ver o Brasil competindo em Tóquio, em 21 modalidades do programa. A SNPAR está investindo cerca de R$ 500 mil para assegurar a participação da delegação e, adicionalmente, trabalhamos na formalização de aproximadamente R$ 800 mil em emendas parlamentares para fortalecer o apoio à equipe. Apoiar surdoatletas é também investir em cidadania e representatividade”, destacou Araújo.
Modalidades em Destaque
Os atletas competirão em diversas modalidades, incluindo atletismo, badminton, basquete, vôlei de praia, boliche, ciclismo de estrada, mountain bike, futebol, golfe, handebol, judô, karatê, orientação, tiro esportivo, natação, tênis de mesa, taekwondo, tênis, vôlei, luta livre e luta greco-romana. Cada uma dessas modalidades contribui para a diversificação das habilidades e talentos dos atletas surdos, promovendo uma experiência rica e competitiva.
Surdolimpíadas: Um Marco na Inclusão
As Surdolimpíadas, conhecidas como Deaflympics em inglês, são um evento multiesportivo internacional que ocorre a cada quatro anos, organizado pelo Comitê Internacional de Esportes para Surdos (ICSD). Este evento não só representa uma competição esportiva, mas também um espaço de inclusão e visibilidade para os atletas surdos.
A edição de 2025 tem um caráter histórico, celebrando o centenário das Surdolimpíadas, e marca a estreia do Japão como sede dos Jogos de Verão. A organização dos Jogos prioriza o acesso à informação e comunicação visual, utilizando recursos como luzes de largada e bandeiras, além da Língua Internacional de Sinais, para garantir a inclusão de todos os competidores.
Critérios de Participação
Para garantir a participação, os atletas devem atender a critérios específicos: uma perda auditiva mínima de 55 dB no melhor ouvido, sem o uso de aparelhos auditivos, e estar registrados na confederação de desportos de surdos de seus respectivos países, atendendo assim a requisitos de participação que incluem recordes e classificações. Esse rigor garante que a competição seja justa e que todos os atletas tenham uma chance igual de se destacar.

