Hábitos de Consumo com o 13º Salário
Uma recente pesquisa conduzida pelo Instituto Fecomércio de Pesquisas e Análises do Rio de Janeiro (IFec RJ) entrevistou mais de mil consumidores na Região Metropolitana para analisar as tendências de uso do 13º salário, que começou a ser liberado no final de novembro. A última parcela do benefício tem um prazo limite para ser creditada nas contas dos trabalhadores até o dia 19 de dezembro.
O levantamento, realizado com 1.011 pessoas entre 24 de novembro e 1º de dezembro, revelou que 51,8% dos entrevistados já receberam a quantia referente ao 13º. Dentre aqueles que já possuem o valor, 46,1% indicaram que a prioridade será quitar dívidas acumuladas ao longo do ano. Surpreendentemente, 23,8% informaram que pretendem usar parte do recurso para comprar presentes de Natal ou melhorar a ceia, uma mudança significativa em relação ao ano anterior, quando apenas 11,4% relataram essa intenção.
Além disso, 23,2% dos consumidores afirmaram que planejam poupar o 13º salário, e 15,8% revelaram que têm a intenção de destinar a quantia a mais de um fim.
Dívidas e Prioridades de Pagamento
Quando questionados sobre quais dívidas pretendem quitar, a pesquisa apontou que a maior parte dos entrevistados, cerca de 79,8% dos 46,1% que irão quitar dívidas, planejam utilizar o 13º salário para saldar contas relacionadas ao cartão de crédito.
O Fecomércio RJ, que atua como uma importante instituição para o desenvolvimento do comércio no estado, reúne 59 sindicatos patronais e conta com a participação de líderes empresariais e consultores. O propósito da entidade é promover o crescimento do setor de comércio de bens, serviços e turismo na região.
Com mais de 392 mil estabelecimentos sob sua representação, o Fecomércio RJ responde por aproximadamente dois terços da atividade econômica no estado, empregando cerca de 1,8 milhão de pessoas, um número que representa 61% dos postos de trabalho disponíveis.
Esses dados demonstram não apenas o impacto do 13º salário na economia local, mas também como os consumidores estão priorizando o pagamento de dívidas em tempos de incerteza financeira. A escolha entre quitar compromissos ou investir em celebrações de fim de ano apresenta um retrato claro do cenário econômico enfrentado pelos trabalhadores fluminenses.

