Expectativas e Diálogos entre Trump e Lula
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, chegou à reunião com o brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva demonstrando um preparo notável, segundo informações de assessores próximos ao líder brasileiro. Na conversa realizada neste domingo, Trump fez questões diretas, incluindo quantos anos Lula passou preso, revelando uma curiosidade sobre sua trajetória, que evoluiu de líder sindical a político perseguido.
O encontro foi destacado por Trump como uma ‘honra’ e ele enfatizou a importância de um ‘ótimo relacionamento’ entre ambos. Para Lula, a reunião foi descrita como construtiva, refletindo um clima positivo na interação entre os dois líderes.
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De acordo com o chanceler Mauro Vieira, presente no encontro, Trump expressou uma admiração genuína pela capacidade de recuperação de Lula, que saiu da prisão e voltou ao poder nas eleições brasileiras. Vieira comentou: “O presidente Trump elogiou o percurso político do Lula, que, após ser perseguido, conseguiu provar sua inocência e retornar ao cargo, conquistando seu terceiro mandato à frente da Presidência do Brasil.”
Antes do encontro, havia um certo receio na comitiva brasileira sobre como poderiam se desenrolar as interações, tendo em vista a natureza imprevisível de Trump. A diversidade de suas personalidades e histórias de vida — um formado na militância sindical e o outro como magnata imobiliário — despertou incertezas.
No entanto, fontes do Planalto relataram que o encontro transcendeu as expectativas iniciais. Trump se comportou de maneira respeitosa e mostrou interesse em chegar a um consenso. Segundo essas fontes, Lula foi o principal interlocutor da conversa, enquanto Trump se manteve mais na escuta, sem interromper ou contestar.
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A reunião teve início com Lula apresentando dados econômicos que visavam convencer Trump de que não havia justificativa para a aplicação de tarifas elevadas. Ele destacou que os Estados Unidos acumulam um superávit de aproximadamente US$ 410 bilhões na relação comercial com o Brasil ao longo dos últimos 15 anos, reforçando a posição do Brasil nas negociações.
Lula também entregou um documento em inglês a Trump, contendo essas e outras informações relevantes, e expressou a expectativa de que a sobretaxa de 50% imposta pelo governo americano às exportações brasileiras seja suspensa enquanto os países alinham suas conversas.
Na seara da política interna brasileira, que influenciou o raciocínio de Trump sobre as tarifas, Lula defendeu a legalidade do julgamento de Jair Bolsonaro, ressaltando que o processo foi respaldado pela Constituição e que havia evidências substanciais contra o ex-presidente. Trump, por sua vez, havia instaurado sanções contra autoridades brasileiras, incluindo o juiz do Supremo, Alexandre de Moraes, em resposta a questões sobre o processo contra Bolsonaro.
Conforme relatado por Mauro Vieira, Trump foi “muito simpático e demonstrou uma atenção genuína durante todo o diálogo”, o que poderá ser um indicativo de um futuro mais colaborativo nas relações entre Brasil e Estados Unidos.
