O Plano Setorial da Saúde da Bahia em Foco
No dia 14 de novembro, durante a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP 30), o Governo da Bahia, através da Secretaria da Saúde do Estado (Sesab), lançará um importante documento intitulado Plano Setorial da Saúde para Mitigação e Adaptação às Mudanças Climáticas. Este plano tem como objetivo principal guiar as ações do Sistema Único de Saúde (SUS) na Bahia nos próximos dez anos.
A COP 30, que ocorre em Belém, no Pará, entre os dias 10 e 21 de novembro, reúne líderes globais, especialistas, organizações não governamentais e representantes da sociedade civil para discutir as diretrizes relacionadas às mudanças climáticas. A Bahia será representada por Manuela Sampaio, coordenadora da Coordenação de Vigilância em Saúde Ambiental (Coviam), e Ynayara Rodrigues, bióloga e parte do Grupo de Trabalho de Mudanças Climáticas na Coviam, ambos da Superintendência de Vigilância e Proteção da Saúde (Suvisa/Sesab).
Na roda de conversa denominada “One Health e o Desafio Climático Global: Convergência entre Clima, Saúde e Biodiversidade”, Manuela Sampaio apresentará o Plano. A discussão abordará as ligações entre as mudanças climáticas e a saúde de humanos, animais e do meio ambiente.
Objetivos do Plano Setorial da Saúde da Bahia
O principal objetivo do Plano é fortalecer a capacidade do sistema de saúde baiano em prevenir, preparar, responder e se recuperar das consequências das mudanças climáticas, sempre com foco na promoção da saúde e bem-estar da população.
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Fonte: olhardanoticia.com.br
Considerando que a Bahia é classificada como “especialmente exposta” aos impactos das mudanças climáticas, devido a fenômenos como secas, inundações e altas temperaturas, é vital que o estado se adeque e se prepare para as possiblidades de vulnerabilidades que já afetam a saúde da população. O Plano destaca que essas alterações climáticas influenciam o perfil epidemiológico do estado, impactando doenças sensíveis às condições climáticas, como dengue, zika, chikungunya e leishmanioses.
O documento apresenta um diagnóstico das vulnerabilidades e estabelece seis eixos estratégicos que orientarão as ações até 2035:
1. Governança e Gestão Integrada
Este eixo visa criar estruturas de coordenação intersetoriais e promover articulação entre municípios e regiões de saúde.
2. Vigilância em Saúde e Sistemas de Informação
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Fonte: jornalvilavelha.com.br
A estratégia foca no fortalecimento da vigilância de doenças sensíveis ao clima e na implementação de sistemas de alerta precoce, que integrem dados climáticos e de saúde.
3. Atenção à Saúde Resiliente ao Clima
Aqui, a proposta é adaptar os serviços de saúde em todos os níveis, desenvolver protocolos clínicos específicos e preparar o sistema para emergências climáticas.
4. Infraestrutura e Tecnologias Sustentáveis
Este eixo busca promover adaptações físicas nas unidades de saúde, buscando maior eficiência energética e redução da pegada de carbono.
5. Educação, Comunicação e Pesquisa
Com o objetivo de capacitar profissionais de saúde e gestores, além de realizar comunicação de risco à população e fomentar a pesquisa aplicada em saúde e clima.
6. Proteção de Populações em Situação de Vulnerabilidade
Este eixo visa desenvolver ações específicas para grupos em maior risco, como idosos, crianças e trabalhadores expostos, promovendo a equidade em saúde.
Por fim, o Plano de Ação delineia metas em curto (2026-2027), médio (2028-2031) e longo prazo (2032-2035) e será gerido por um Comitê Gestor Intersetorial, com a participação de secretarias estaduais, municípios, academia e a sociedade civil, garantindo uma abordagem colaborativa e eficaz para enfrentar os desafios climáticos.

