Expectativas para a Disputa Eleitoral de 2026
As eleições de outubro de 2024 não trarão alívio para a polarização política entre PT e PL no Brasil. Pesquisas atuais indicam que Luiz Inácio Lula da Silva poderia ser reeleito para um quarto mandato à frente da Presidência da República. Ao mesmo tempo, o PL do ex-presidente Jair Bolsonaro, atualmente sob custódia na Polícia Federal em Brasília, desponta como uma força crescente nos estados e no Senado.
Os dados mais recentes mostram um panorama intrigante sobre a configuração política do país. Desde as eleições municipais de 2020, o Correio da Manhã tem compilado levantamentos de diversas regiões, a fim de traçar um quadro claro da disputa. O levantamento atual considera cenários que cada instituto de pesquisa apresenta para os governos estaduais e para o Senado.
Com a análise das pesquisas, é possível prever que o PL pode eleger até oito governadores. Entre os possíveis vencedores está Luciano Zucco, que lidera a oposição na Câmara dos Deputados, no Rio Grande do Sul. Além disso, o partido pode garantir a reeleição de Jorginho Mello em Santa Catarina e conquistar Minas Gerais com o senador Cleitinho.
O União Brasil, por sua vez, deve emplacar seis governadores, com destaque para Sergio Moro no Paraná e ACM Neto na Bahia. O PSD e o MDB têm potencial para eleger quatro governadores cada, com nomes como Eduardo Paes no Rio de Janeiro e Cícero Lucena na Paraíba. Já os Republicanos e o PSB podem conquistar dois governadores, destacando os nomes de Tarcísio de Freitas em São Paulo e João Campos no Recife, respectivamente.
Perspectivas para o Senado
No Senado, o PL se destaca com a possibilidade de eleger até 16 novos senadores. Em 2026, dois terços da Casa serão renovados, e cada estado terá direito a eleger dois senadores. Nomes como o vereador Carlos Bolsonaro, que mudará sua candidatura do Rio de Janeiro para Santa Catarina, e Michelle Bolsonaro, esposa do ex-presidente, que tentará uma vaga pelo Distrito Federal, estão entre os potenciais candidatos.
O PSD, que já teve sucesso na eleição de prefeitos, pode garantir a eleição de oito senadores, incluindo Eduardo Leite, atual governador do Rio Grande do Sul. Já o PT e o PP possuem chances de eleger até sete senadores, com Rui Costa, ministro da Casa Civil, e Arthur Lira, ex-presidente da Câmara, como nomes relevantes.
Resultados por Estado
No Rio Grande do Sul, as pesquisas de 25 de novembro evidenciam Luciano Zucco (PL) à frente, com 27% das intenções de voto, em uma disputa acirrada pelo segundo lugar entre Juliana Brizola (PDT) e Edegar Preto (PT), ambos com 21%. Para o Senado, o governador Eduardo Leite (PSD) lidera com 19%. Na disputa, Manuela D’Ávila (Psol) aparece com 16%, enquanto Paulo Pimenta (PT) e Marcel Van Hatten (Novo) possuem 15% e 12%, respectivamente.
Santa Catarina também apresenta um cenário favorável para o PL, onde o governador Jorginho Mello lidera com 41%, seguido por João Rodrigues (PSD) com 19%. A disputa para o Senado está nas mãos da deputada Caroline de Toni (PL), que tem 25,4% das intenções, enquanto Carlos Bolsonaro (PL) acumula 21,6% e Décio Lima (PT) aparece com 17,8%.
No Paraná, Sergio Moro (União Brasil) lidera com 40,1%, enquanto no Senado Deltan Dalagnol (Novo) tem 30,2% das intenções de voto. Em São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) é o favorito com 48,4%, enquanto Fernando Haddad (PT) busca a reeleição com 25,5%.
O quadro se repete em outras regiões, com Eduardo Paes (PSD) liderando com 55% no Rio de Janeiro, e Cleitinho (PL) mostrando força em Minas Gerais com 38%. A movimentação política promete ser intensa, com vários estados ainda indefinidos, mas a expectativa é de que o PL se consolide como uma das principais forças eleitorais nas próximas eleições.

