Agravantes no Caso de Vazamento de Informações Comprometem Investigações Policiais
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, se manifestou a favor da implementação de medidas cautelares contra o desembargador federal Macário Ramos Judice Neto e o deputado estadual do Rio de Janeiro, Rodrigo Bacellar, além de outros indivíduos implicados em um esquema de vazamento de informações sigilosas que prejudicaram operações policiais. A situação, alarmante, envolve a requisição do Ministério Público Federal (MPF) pela prisão preventiva de Macário, bem como a inclusão de Thiego Raimundo de Oliveira Santos no Sistema Penitenciário Federal sob Regime Disciplinar Diferenciado. Além disso, foram solicitadas medidas de busca e apreensão.
A investigação, que está sendo liderada pela Polícia Federal, busca esclarecer o vazamento de informações confidenciais ligadas à Operação Oricalco e outras operações subsequentes. A análise dos diálogos entre os investigados, que incluem mensagens trocadas entre Bacellar e Macário, revela indícios de um possível esquema de obstrução de investigações relacionadas a facções criminosas. Documentos também sugerem que Macário teve acesso prévio à data da operação, levantando sérias suspeitas sobre sua conduta no caso.
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Em sua manifestação, o procurador geral enfatizou a gravidade das evidências apresentadas e a iminente possibilidade de obstrução da Justiça. Para Gonet, a prisão preventiva e outras medidas são fundamentais para assegurar que as investigações continuem de forma segura. Ele ressaltou a necessidade de afastamento de Macário de seu cargo, uma vez que suas ações violaram deveres funcionais essenciais e puseram em risco a integridade das investigações.
“Existem nos autos elementos suficientes para justificar a medida em relação ao investigado Macário Ramos Judice Neto, considerando que suas condutas resultaram em graves violações de deveres funcionais. Ele revelou informações privilegiadas e confidenciais obtidas por conta do cargo que ocupa, perfilando-se como integrante da organização criminosa em investigação, o que representa riscos reais tanto para as investigações quanto para os jurisdicionados do Tribunal Regional Federal da 2ª Região e para o Sistema de Segurança Pública”, afirmou o procurador-geral.

