Expectativa de Crescimento Econômico em Ano Eleitoral
No dia 17 de dezembro de 2025, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fez um pronunciamento noturno na Casa Branca, onde destacou suas realizações à frente da administração e direcionou críticas ao seu antecessor, Joe Biden. O discurso, que durou cerca de 20 minutos, foi uma tentativa clara de preparar o terreno para as eleições de meio de mandato que se aproximam.
“Há onze meses, herdei uma bagunça e estou tendo que consertar”, disse Trump, ressaltando o progresso que a sua gestão supostamente fez em diversas áreas. Contudo, suas críticas a Biden foram acompanhadas de uma escassez de propostas concretas para enfrentar os problemas econômicos que afetam o país, como a inflação alta.
O presidente, comumente insatisfeito com a percepção pública de seu governo, adotou um tom lamentoso durante seu discurso, fazendo referências ao que chamou de ‘sistema corrupto’ legado por Biden. Ele denunciou a administração anterior por uma suposta onda migratória e pela escalada da criminalidade, temas que têm sido constantemente explorados pelo Partido Republicano.
Críticas à Administração Biden
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Durante sua fala, Trump acusou Biden de permitir a entrada de “25 milhões de pessoas” no país, um número que tem sido amplamente contestado por especialistas. A realidade é que cerca de 7,4 milhões de imigrantes indocumentados cruzaram a fronteira dos EUA durante o governo Biden, conforme dados da NBC.
Em meio a suas críticas, Trump tentou destacar os avanços de sua administração, como a suposta redução nas travessias de fronteira e a deportação de criminosos. Uma das poucas medidas políticas mencionadas foi o anúncio de um “dividendo aos guerreiros” – um pagamento de 1.776 dólares para 1,45 milhão de militares americanos programado para a próxima semana.
Ele também expressou apoio a uma proposta republicana que visa enviar dinheiro diretamente às famílias para ajudar a cobrir os custos dos seguros de saúde, em um movimento que ainda carece de apoio no Congresso.
Promessa de um ‘Boom Econômico’ em 2026
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Embora tenha apontado para os desafios persistentes, Trump declarou que o país está à beira de um “boom econômico” em 2026. “Estou reduzindo esses preços altos, e reduzindo-os muito rapidamente”, afirmou, enquanto tentava transmitir uma mensagem otimista sobre a economia.
Segundo Trump, sua administração atraiu investimentos de 18 trilhões de dólares, o que, segundo ele, resultaria na criação de novos empregos e fábricas. “Há um ano, nosso país estava morto […] agora, somos o país mais atraente do mundo”, propôs o presidente, tentando reverter a percepção popular sobre a saúde da economia.
No entanto, pesquisas recentes mostram que a maioria dos americanos está ciente do aumento nos preços de bens essenciais, como alimentos e eletricidade, refletindo uma desconexão entre as palavras do presidente e a realidade econômica vivida pela população.
Desafios nas Eleições de Meio de Mandato
Com a eleição de meio de mandato se aproximando, Trump precisa enfrentar um cenário complicado. Embora tenha prometido melhorias para o próximo ano, o presidente enfrenta o desafio de convencer os eleitores de que sua política econômica está surtindo efeito. Uma pesquisa recente da AP-Norc revelou que a maioria dos adultos americanos expressa preocupação com a acessibilidade financeira e a política de saúde.
O discurso de Trump ocorreu um dia antes da divulgação de dados importantes sobre a inflação pelo Departamento de Estatísticas do Trabalho. Embora os números tenham mostrado uma leve recuperação econômica, a inflação continua a ser uma preocupação central, com taxas que não mudaram significativamente desde o início de sua gestão.
Os dados revelam que o crescimento do emprego desacelerou durante o segundo mandato de Trump, e o desemprego atingiu o nível mais alto em quatro anos. A aparente desconexão entre a retórica do presidente e a realidade econômica poderá representar um obstáculo significativo em seu caminho nas próximas eleições.
Além disso, uma pesquisa da Reuters/Ipsos divulgada recentemente indicou que apenas 33% dos adultos americanos aprovam a forma como Trump tem lidado com os desafios econômicos. Essa insatisfação pode representar um fator crítico a ser considerado enquanto Trump se prepara para a batalha eleitoral que se aproxima.

