Expectativa de Reajuste para 2026
Os planos de saúde individuais podem enfrentar um reajuste de até 7,5% em 2026, conforme análise recente do BTG. Essa atualização se dá em um contexto onde as operadoras de saúde registraram lucros expressivos nos primeiros nove meses de 2025, totalizando R$ 9,3 bilhões, o que representa um aumento de quase 140% em relação ao ano anterior. Esse lucro é o mais alto dos últimos cinco anos e reflete o desempenho geral do setor em um cenário de taxas de juros elevadas, com um lucro líquido impressionante de R$ 17,9 bilhões.
Conforme divulgado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), a metodologia para calcular o reajuste dos contratos individuais leva em consideração a variação dos custos médico-hospitalares nos últimos 12 meses, bem como a inflação medida pelo IPCA, excluindo a inflação dos planos de saúde. O reajuste é geralmente aprovado entre maio e junho e se aplica gradualmente no aniversário dos contratos.
Fatores que Influenciam o Reajuste
Os analistas do BTG destacam que o resultado final do reajuste de 7,5% ainda depende das performances financeiras do setor, especialmente do quarto trimestre de 2025, cujos dados devem ser divulgados entre fevereiro e março de 2026. O índice estabelecido pela ANS abrange apenas planos individuais, que representam 8,56 milhões de usuários no Brasil, cerca de 16% do total de beneficiários da saúde privada. A Hapvida, que é a maior operadora do país, possui 18% desse mercado, seguida pela Amil, com 13%, e Prevent Senior, com 9%.
Leia também: Feira de Santana (BA) Revitaliza Central de Distribuição da Saúde com Transformações Estruturais
Fonte: rjnoar.com.br
Leia também: Feira de Santana (BA) Inaugura Central de Distribuição da Saúde Reformada com Investimento Público
Fonte: agazetadorio.com.br
De acordo com o relatório do BTG, um dos fatores relevantes para a expectativa de reajuste é o impacto desproporcional da Hapvida e Notredame Intermédica, que somadas, refletem cerca de 2,5 pontos percentuais dos 7,5% previstos, devido à alta inflação de custos médicos que ambas enfrentaram, alcançando índices de 32% e 28% respectivamente.
Reajustes em Planos Coletivos
Além dos planos individuais, a ANS também divulgou informações sobre os planos coletivos, que tendem a ter reajustes menores em 2026. A sinistralidade, que mede o percentual dos valores das mensalidades gastos com os atendimentos dos usuários, caiu de 88,6% em 2022 para 80,8% nos primeiros nove meses de 2025, sinalizando que os reajustes para esse tipo de contrato poderão ser inferiores a um dígito, segundo Vinicius Figueiredo, do Itaú BBA.
É importante frisar que, diferentemente dos contratos individuais, que são regulados pela ANS, os planos coletivos são negociados diretamente entre as operadoras e as empresas contratantes. Para planos de pequenas e médias empresas (PMEs), com até 29 beneficiários, o reajuste é determinado por um “pool de risco”, onde todas as empresas do mesmo grupo têm o mesmo percentual aplicado.
Expectativas para o Setor de Saúde Suplementar
Com as particularidades dos reajustes, tanto para planos individuais quanto coletivos, a expectativa é de que o mercado de saúde suplementar continue a se ajustar às novas realidades econômicas e às necessidades dos usuários. A crescente demanda por serviços de saúde, juntamente com a gestão eficiente dos custos, será fundamental para garantir a sustentabilidade e a qualidade dos serviços oferecidos no Brasil.

