Inovação em Saneamento: A Revolução da Inteligência Artificial
Quando se menciona Inteligência Artificial, muitos imediatamente pensam em ferramentas populares como ChatGPT e Gemini. Entretanto, o potencial da IA vai muito além dessas opções conhecidas. Em vários países, essa tecnologia está promovendo mudanças significativas no setor de saneamento básico. Concessionárias renomadas, como a francesa Suez e a britânica Severn Trent, já utilizam sistemas inteligentes para aprimorar a gestão de suas redes e prever problemas operacionais. Na Austrália, a Melbourne Water implementa IA para otimizar o tratamento de água e esgoto, resultando em economias de custo e energia. Nos Estados Unidos, a American Water emprega tecnologia semelhante para antecipar falhas nas tubulações e priorizar sua substituição. No Brasil, essa tendência está começando a se consolidar.
A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), a BRK Ambiental, uma das maiores do setor privado atuando em mais de 120 municípios, e a Caesb (Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal) já estão investindo em soluções tecnológicas para combater perdas e melhorar a eficiência de seus serviços. Contudo, na Região dos Lagos, o uso da inteligência artificial adquire uma nova dimensão. Um levantamento realizado pela Folha dos Lagos revelou que, assim como a Sabesp, a Prolagos aplica IA para detectar perdas de água em sua rede de distribuição. O que a diferencia é a abordagem inovadora adotada.
Em abril deste ano, a Prolagos anunciou a implementação de uma tecnologia que combina IA e imagens de satélite para localizar vazamentos. Neste sistema, a variação de temperatura do solo sinaliza possíveis áreas de umidade, permitindo que as equipes de manutenção sejam direcionadas com mais precisão, tornando o combate às perdas hídricas mais ágil e eficaz. Um engenheiro ambiental, que preferiu não se identificar, explicou que a Prolagos se destaca ao adotar uma solução israelense que utiliza imagens de satélite para detectar cloro dissolvido no solo. Este método, segundo ele, é inovador e mais assertivo, já que busca uma espécie de “impressão digital” da água tratada.