Operação Avança em Busca de Justiça
Nesta terça-feira (16), a Polícia Federal (PF) deu início à segunda fase da operação Unha e Carne, que já havia feito ondas ao prender, no início do mês, o presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), Rodrigo Bacellar, do partido União. Este movimento ocorre em meio a um cenário de crescente atenção às atividades de agentes públicos e seus vínculos com organizações criminosas.
Na operação de hoje, os agentes detiveram o desembargador Macário Judice Neto, que se envolve diretamente no caso de TH Joias, atualmente em análise no Tribunal Regional Federal (TRF) da 2ª Região. Além da prisão de Judice, a PF também cumpre dez mandados de busca e apreensão, todos autorizados pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e que têm abrangência no Rio de Janeiro e no Espírito Santo. Um dos mandados de busca é direcionado ao próprio Bacellar.
A operação Unha e Carne investiga o suposto vazamento de informações sigilosas relacionadas à Operação Zargun, que resultou na prisão do deputado estadual Thiago Raimundo dos Santos Silva, conhecido como TH Joias, em setembro passado. A PF alega que Bacellar teria repassado dados confidenciais que facilitaram a obstrução da investigação em curso. Além disso, há evidências de que ele teria aconselhado o parlamentar a esconder objetos de sua residência para dificultar a coleta de provas.
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A defesa de Bacellar, por sua vez, emitiu uma nota negando todas as acusações, afirmando que ele não participou de nenhuma atividade para obstruir as investigações relacionadas a facções criminosas, nem vazou informações que pudessem comprometer operações policiais.
Em uma decisão recente, a prisão do deputado Bacellar foi revogada na última terça-feira (9), após votação na Alerj, que teve 42 votos a favor da soltura, 21 contra e duas abstenções, refletindo a polarização política em torno do caso.
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A atual fase da operação ocorre dentro do escopo da ADPF (Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental) 635/RJ, conhecida como a ADPF das Favelas. Este inquérito busca esclarecer a relação entre o crime organizado e a atuação de agentes públicos no estado do Rio de Janeiro, em um momento em que a segurança pública e a corrupção se tornaram temas centrais nas pautas eleitorais e sociais.
O desdobramento das investigações pode ter implicações significativas não apenas para os envolvidos, mas também para a política fluminense e as decisões judiciais sobre a corrupção no Brasil. A população, com expectativa, aguarda por mais informações e a eventual responsabilização dos que abusaram de suas posições.

