Julio Lopes e a Representação Brasileira na Indústria Nuclear
O deputado Julio Lopes, do Partido Progressista (PP), assume um papel de destaque ao representar o Brasil na Semana Atômica Mundial, que ocorrerá entre os dias 22 e 26 de setembro em Moscou. Como único parlamentar brasileiro no evento, Lopes é o presidente da Frente Parlamentar Mista de Tecnologia e Atividades Nucleares e expressou sua honra e responsabilidade em representar o setor nuclear do país. O Brasil figura entre as seis nações do mundo com capacidade para enriquecer urânio a 20%, um fato que ressalta a importância da presença brasileira em eventos internacionais relacionados à energia nuclear.
Lopes destaca que a comitiva brasileira é acompanhada por empresários e especialistas técnicos que estão envolvidos no desenvolvimento do primeiro Sistema Nuclear de Pequeno Porte no Brasil. “A Rosatom, maior empresa nuclear da Rússia, é responsável por mais de 33% da eletricidade consumida na parte europeia do país e ocupa a segunda posição global em produção de energia nuclear. Além disso, a empresa está à frente da criação dos Small Modular Reactors (SMRs), reatores nucleares de até 200 megawatts, projetados para atender a demandas específicas de eletricidade, como a iluminação de até 120 mil residências. A construção desses reatores em módulos permite que eles sejam transportados por pequenas embarcações e montados no local, tornando-os uma solução viável até mesmo para áreas remotas, como pequenas cidades na Amazônia”, afirmou o deputado.
De acordo com Lopes, o Brasil abriga algumas das melhores universidades na área de energia nuclear, e há uma necessidade premente de revitalizar esse setor. “Precisamos retomar com grandeza o programa nuclear, que será fundamental para a independência energética do Brasil e para fortalecer nosso sistema elétrico”, destacou. O deputado enfatiza que, apesar de o Brasil contar com um dos sistemas integrados de energia mais robustos do mundo, a dependência excessiva de fontes renováveis, que são mais eficientes durante o dia, exige uma capacidade adicional de geração de energia. Esta capacidade, segundo Lopes, somente pode ser alcançada por meio da energia nuclear, que é mais econômica e eficiente no sistema elétrico.