Tecnologias Inovadoras em educação Reconhecidas
No último domingo, dia 16, durante o World Schools Summit em Abu Dhabi, foram revelados os vencedores da primeira edição do Global EdTech Prize. Idealizada pela T4 Education, uma organização voltada para o suporte a escolas e educadores, a premiação conta com o respaldo da Owl Ventures, o maior fundo de investimento em tecnologia educacional do mundo, e da Digital Promise, uma entidade americana focada em inovações educacionais. Esta iniciativa reconhece tecnologias que oferecem soluções concretas para os desafios da educação global.
O Porvir, como parceiro de mídia exclusivo no Brasil do World’s Best School Prizes, esteve presente no evento, que foi realizado na Yasmina British Academy, acompanhando os debates e as premiações. A fase decisiva do Global EdTech Prize envolveu a escolha dos vencedores, feita pelos educadores presentes, e as iniciativas premiadas refletem respostas inovadoras aos desafios enfrentados na educação brasileira.
As Soluções Vencedoras em Cada Categoria
Na categoria de Organizações Sem Fins Lucrativos, o projeto vencedor foi o Tablet-Based Foundational Learning Programme, desenvolvido pela Imagine Worldwide. Essa empresa atua em países da África Subsaariana e enfrenta a crise de alfabetização e habilidades matemáticas que atinge milhões de crianças. A solução utiliza tablets solares que operam sem a necessidade de internet, proporcionando uma aprendizagem personalizada.
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Esse sistema permite que crianças sem contato prévio com tecnologia iniciem suas jornadas de leitura e matemática, conduzidas por um avatar em áudio no idioma local. Cada tablet atende, em média, cinco crianças diariamente, por períodos de 30 a 60 minutos. Estudos indicam um impacto positivo significativo: em apenas 13 meses, 50% mais crianças alcançam marcos de leitura e 70% atingem o nível esperado em matemática.
A Imagine Worldwide colabora com os governos de Malawi, Serra Leoa e Tanzânia, gerenciando todo o ecossistema necessário para a implementação, desde painéis solares até capacitação de professores e monitoramento. O custo de manutenção do programa é de apenas US$ 3 por aluno ao ano (cerca de R$ 16), após a implantação, assegurando a integração às estruturas dos sistemas públicos para promover sustentabilidade.
No campo das Startups, o destaque ficou com a Brisk, criada pela Brisk Teaching nos Estados Unidos. Esta plataforma utiliza inteligência artificial para automatizar tarefas pedagógicas e administrativas, gerando planos de aula personalizados e proporcionando feedback imediato alinhado ao currículo. Seu recurso Brisk Boost permite elaborar atividades guiadas por IA e monitorar o engajamento dos alunos em tempo real.
Por fim, na categoria Grandes Empresas, o vencedor foi o Matific. Esta plataforma australiana oferece milhares de atividades gamificadas, alinhadas a mais de 400 currículos em mais de 70 países. A plataforma combina pedagogia baseada em evidências com jogos digitais que aprimoram o raciocínio matemático e a fluência, disponibilizando painéis analíticos para que professores e familiares possam acompanhar o progresso dos alunos.
Processo de Seleção dos Vencedores
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A seleção dos vencedores do Global EdTech Prize ocorreu em três etapas. Inicialmente, uma avaliação online definiu as 30 organizações mais promissoras em cada categoria. Em seguida, foram anunciadas as 10 finalistas, que participaram de uma nova rodada de análise. Por fim, durante o World Schools Summit, as três soluções finalistas de cada categoria apresentaram seus projetos a um painel de especialistas em educação, investidores e formuladores de políticas públicas. A decisão final foi tomada pelos educadores presentes, que votaram em cédula secreta nos vencedores.
As soluções finalistas foram avaliadas com base em quatro critérios: a relevância do propósito, a evidência de impacto positivo, a originalidade da proposta e o potencial de escalabilidade com viabilidade e baixo custo por aluno.
De acordo com Vikas Pota, fundador da T4 Education e do Global EdTech Prize, a premiação foi criada com o objetivo de ampliar o impacto de tecnologias que já demonstram resultados concretos. “O prêmio visa ajudar a escalar inovações que impactam efetivamente questões urgentes na educação, desde a alfabetização até o desenvolvimento de competências de vida”, destacou Pota. Ele enfatizou a importância de deixar que educadores decidam, visto que são eles quem conhecem melhor o que funciona nas salas de aula.
Brasil em Evidência no Global EdTech Prize
O Brasil também teve destaque nesta edição do Global EdTech Prize, com duas tecnologias entre as dez finalistas. A Nova Escola foi reconhecida na categoria de Organizações Sem Fins Lucrativos por seu impacto na formação de professores da rede pública. A plataforma, que é gratuita, recebe cerca de 2 milhões de visitas mensais e possui 845 mil docentes cadastrados, oferecendo planos de aula alinhados à Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e incorporando tecnologias de inteligência artificial, como um planejador de aulas via WhatsApp.
A Algetec, por sua vez, foi finalista na categoria Startups, trazendo uma abordagem inovadora ao ensino prático no nível superior, ao combinar laboratórios virtuais imersivos com laboratórios físicos acessíveis. Com mais de mil práticas disponibilizadas em áreas como engenharia e ciências da saúde, os estudantes podem experimentar em um ambiente virtual seguro antes de transitar para equipamentos reais, promovendo competências STEAM e ampliando o acesso a atividades mesmo em instituições com infraestrutura limitada.
Finalistas do Global EdTech Prize
A lista completa de finalistas revela uma diversidade de soluções inovadoras. Entre as Grandes Empresas, destacam-se plataformas de aprendizagem e ferramentas de personalização de diferentes países, como Estados Unidos, Reino Unido, Canadá, Austrália, Índia, Jordânia e Emirados Árabes Unidos. Na categoria de Organizações Sem Fins Lucrativos, iniciativas voltadas à inclusão e equidade digital foram representadas por países como Brasil, Estados Unidos, Indonésia e Nigéria. Já entre as Startups, a inovação rápida é a marca registrada, com representantes de Estados Unidos, Índia, Finlândia, Polônia e Brasil, abrangendo desde laboratórios virtuais até plataformas de mobilidade docente.

