Primeira Usina Agro-Solar do Sudeste Brasileiro
Um marco no setor agrícola foi celebrado no dia 1º de outubro, durante a feira Rio+Agro, onde foi oficialmente anunciada a primeira usina agro-solar da Região Sudeste. Com um investimento de R$ 15 milhões, a iniciativa é fruto da colaboração entre a GNA, a SUNfarming e a Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf). Localizada no Norte Fluminense, especificamente na Escola Técnica Agrícola Antônio Sarlo, em Campos dos Goytacazes, a usina representa um passo significativo para o desenvolvimento sustentável da região.
O projeto, que permite a produção simultânea de energia solar e cultivo agrícola, garantirá segurança alimentar, geração de renda e capacitação profissional para as comunidades locais. O Decreto de Compensação Energética, promovido pela Secretaria de Estado de Energia e Economia do Mar (Seenemar) e sancionado pelo governador Cláudio Castro em junho, viabilizou a realização do empreendimento, que promete inovar no uso do solo no estado do Rio de Janeiro.
Benefícios da Usina Agro-Solar
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Com a capacidade de gerar até 1,5 MW de energia solar, a usina agro-solar será um exemplo de como a energia limpa pode coexistir com a agricultura. Segundo o secretário de Estado de Energia e Economia do Mar, Cássio Coelho, a usina não apenas representa uma inovação tecnológica, mas também um modelo de desenvolvimento sustentável. “Essa usina agro-solar é um marco, pois une energia limpa, produção agrícola e formação profissional, mostrando como podemos gerar desenvolvimento sustentável com responsabilidade”, destacou.
Em sua fala, Emmanuel Delfosse, diretor-presidente da GNA, enfatizou a importância desse projeto para as comunidades locais: “É uma enorme satisfação anunciar o primeiro projeto solar da GNA e o primeiro agro-solar do Sudeste. Este marco reforça nosso compromisso com a segurança e a transição energética, ao mesmo tempo em que cria oportunidades para as comunidades locais”.
Funcionamento das Placas Solares na Usina Agro-Solar
Você sabia que as placas solares de uma usina agro-solar funcionam como pequenas usinas de eletricidade? No modelo agrifotovoltaico a ser implementado, as placas solares especiais, que permitem a passagem parcial da luz, serão instaladas sobre as plantações. Essa tecnologia traz vantagens significativas: além de gerar energia limpa, possibilita a manutenção do uso do solo para a agricultura. A distribuição uniforme da água da chuva e a exposição controlada à luz solar contribuem para um ambiente ainda mais eficiente para o cultivo agrícola.
Assim, o mesmo espaço pode ser utilizado para produzir alimentos e energia sustentável, tornando o agronegócio mais eficiente e alinhado com as necessidades contemporâneas. O resultado é uma usina que não apenas beneficia a economia local, mas também se compromete com a preservação ambiental.
Iniciativas da GNA e SUNfarming
A GNA, uma joint venture formada pela bp, Siemens Energy, SPIC Brasil e Prumo Logística, é reconhecida por desenvolver projetos estruturantes que contribuem para a segurança energética no Brasil. Com o maior parque termelétrico a gás natural da América Latina, a GNA está alinhada com as iniciativas de transição energética do país, criando oportunidades de desenvolvimento local com respeito à comunidade e ao meio ambiente. Sua infraestrutura inclui um terminal para recebimento e transporte de Gás Natural Liquefeito (GNL), com capacidade de gerar 3 GW de energia, o que é suficiente para atender a toda a população dos estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais.
A SUNfarming, por sua vez, é uma das líderes no desenvolvimento de energia solar na Alemanha e já construiu mais de 680 MWp em usinas solares globalmente. Desde 2021, a empresa atua no Brasil com foco em projetos Agri-Solar e já iniciou operações em estados como Ceará, Pará e Rio de Janeiro. Com uma vasta experiência em agro-solares, a SUNfarming promove educação e geração de empregos sustentáveis, contribuindo para a segurança alimentar no país.