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    Cabo Frio: Redefinindo seu Papel de Veraneio a Guardião da Memória

    admin_diario_rioBy admin_diario_rio13 de julho de 2025Nenhum comentário4 min de leitura
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    Carlos Scliar clama pela preservação cultural em Cabo Frio, uma cidade rica em história.
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    Cabo Frio: A Necessidade de Preservação Cultural

    Com mais de 6 mil edições impressas, a Folha inicia a republicação de textos significativos que fazem parte do acervo de jornais antigos, começando por um artigo de Carlos Scliar, publicado em 11 de novembro de 1995. Nesse texto, Scliar defende a importância da cultura e da memória na cidade de Cabo Frio.

    No seu relato, Scliar, veterano artista e cronista, compartilha suas experiências na cidade que considera como sua segunda casa. Ele menciona ter se encantado com Cabo Frio em um de seus primeiros contatos com o Brasil, enquanto ainda residia no Rio de Janeiro, cidade que admira profundamente. Ao longo de mais de cinco décadas, sua dedicação ao meio artístico se entrelaçou com a história da cidade, que ele descreve como um local cheio de amizade, mas também marcado por desilusões ao longo do tempo.

    Foi Mário Faustino, um amigo muito próximo, quem apresentou Cabo Frio a Scliar, que é cativado pela beleza do local, embora também decepcionado pela contínua transformação da cidade. Ele menciona a nostalgia que permeia a vida artística na região e relaciona sua produção com a casa de Aloísio de Paula, que foi fundamental para sua trajetória. No entanto, a argumentação de Scliar se intensifica ao alertar sobre os riscos de perda da identidade cultural, especialmente em relação a uma casa emblemática que corre o risco de transformação.

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    A memória e a Identidade Cultural

    Para Scliar, sua relação com Cabo Frio vai além de ser apenas um artista; é um buscador de significado na memória e na paisagem da cidade. Ele enfatiza que Cabo Frio, com raízes que datam do século XVII, é um local que abriga diversas influências culturais, incluindo marcantes legados indígenas e africanos. Contudo, ele lamenta a perda de grande parte da história da cidade ao longo dos anos.

    “Dedico cerca de 70% do meu tempo a Cabo Frio”, revela Scliar, destacando a proximidade com o Rio de Janeiro, que permite resolver questões profissionais enquanto beneficia-se do ambiente inspirador de sua cidade adotiva. Entretanto, ele critica as transformações que o turismo trouxe, dificultando a realização de trabalhos mais profundos e significativos que buscam resgatar a história cabo-friense.

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    O artista acredita que a definição de um lugar se dá pela atenção que se dá ao seu patrimônio cultural, e enfatiza que as pessoas são o maior bem desse patrimônio. Ele destaca a complexidade do momento atual no Brasil, onde busca um entendimento mais profundo da arte popular, contando com o apoio de instituições internacionais para um projeto denominado “Brasil de Pargo Amarelo”. Este museu itinerante visa resgatar a cultura popular e conscientizar mais pessoas sobre sua importância, ajudando cidades como Cabo Frio a manterem sua história.

    Desafios e Esperanças para Cabo Frio

    Cabo Frio enfrenta desafios significativos, com uma urbanização caótica e um aparente desinteresse pelos valores culturais. “É triste ver a cidade se perder em seu próprio crescimento desordenado”, desabafa Scliar, enfatizando o quanto isso afeta sua conexão com o lugar que ele tanto ama. Ele expressa preocupação com a geração futura de seu filho, que poderá ter dificuldades em experimentar a cidade da forma que ele conheceu.

    “Cabo Frio precisa urgentemente de uma política de proteção ao seu patrimônio cultural e ambiental”, afirma o artista, ressaltando que a cidade, ao ser consumida por seus próprios filhos, está se distanciando de suas raízes. Contudo, Scliar mantém-se esperançoso e está trabalhando em novos projetos que visam circular ideias, livros e mapas, demonstrando seu carinho e compromisso com a cidade.

    Para ele, ainda há espaço para mudança, e acredita que Cabo Frio pode se transformar em um lugar de encontros e cultura, longe do estigma de ser apenas um destino turístico. “Deixei sementes de vários trabalhos aqui. É a prova de que tudo não está perdido”, conclui Scliar, reafirmando sua luta pela preservação da memória e pela valorização do legado cultural da cidade.

    Cabo Frio Carlos Scliar cultura memória
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