Fechar menu
    Facebook X (Twitter) Instagram
    O Diário do Rio
    Facebook X (Twitter) Instagram
    O Diário do Rio
    Home»Economista Avisa: Preparem-se para Possíveis Impactos no Setor Petrolífero

    Economista Avisa: Preparem-se para Possíveis Impactos no Setor Petrolífero

    admin_diario_rioBy admin_diario_rio10 de julho de 2025Nenhum comentário4 min de leitura
    Facebook Twitter Pinterest LinkedIn Tumblr Email
    Imagem do artigo
    Expert aponta a necessidade de cautela diante da tensão no Oriente Médio e suas consequências econômicas
    Share
    Facebook Twitter LinkedIn Pinterest Email

    Atenção às Consequências do Conflito no Oriente Médio

    No último sábado (21), um ataque dos Estados Unidos a três instalações nucleares no Irã gerou apreensões sobre os possíveis efeitos nas dinâmicas do mercado global de petróleo. Embora os especialistas avaliem que a chance de uma escalada significativa seja remota, a expectativa de um aumento no preço do barril já levanta questionamentos em municípios brasileiros, especialmente na Região dos Lagos, que dependem de royalties da exploração petrolífera.

    Em uma entrevista à Folha dos Lagos, o economista e administrador da Petrobras, Leandro Cunha, alertou que, com a intensificação dos ataques dos Estados Unidos ao Irã, a oferta de petróleo mundial pode sofrer quedas. O Golfo Pérsico representa cerca de 20% da produção global de petróleo, e uma possível retaliação iraniana poderia incluir o fechamento do estreito de Ormuz, uma rota crucial para o transporte de petróleo, conforme deliberado pelo parlamento iraniano, embora a decisão final dependa do Conselho de Segurança Nacional Supremo do Irã.

    “Se o Irã decidir fechar o estreito de Ormuz, a oferta de petróleo será seriamente afetada, levando a um aumento nos preços do barril. A preocupação é se os Estados Unidos persistirem nos ataques, pois isso poderá desencadear uma série de elevações nos preços globais. Especialistas já projetam um possível aumento de até 130 dólares por barril em um contexto de crise entre as duas nações. Apesar do ataque recente, o panorama atual não sugere uma escalada significativa, mas isso dependerá da resposta iraniana aos EUA. Embora as chances de uma escalada sejam remotas, elas não podem ser descartadas”, avaliou Leandro.

    Impactos Econômicos para Municípios que Dependem do Petróleo

    Leandro também comentou sobre como esse conflito pode impactar as cidades que dependem de royalties do petróleo, como Cabo Frio. Segundo ele, um cenário de crise, com novos ataques dos EUA ao Irã, poderia provocar um aumento nos preços do petróleo, resultando em mais receitas para a Petrobras e, consequentemente, mais royalties para os municípios. No entanto, essa situação também se traduziria em preços mais altos para os consumidores.

    “O Brasil é um exportador de petróleo, e um aumento no valor do barril pode significar lucros maiores para a Petrobras. Contudo, isso é prejudicial para os consumidores e empresas, pois resultaria em um aumento nos preços dos combustíveis. Para os municípios, um preço mais elevado significa uma receita aumentada de royalties, enquanto um preço baixo pode resultar em menores receitas. Se não houver uma escalada na guerra contra o Irã, a tendência é que os preços permaneçam mais estáveis e baixos, o que pode levar a uma redução nas receitas de royalties”, disse Leandro.

    O economista acrescentou que, caso as hostilidades dos EUA contra o Irã não se intensifiquem, a expectativa é que o Brasil continue com preços relativamente baixos para o barril de petróleo e aumento na produção pela Petrobras, evitando perdas de royalties e danos à economia local.

    “Essa situação mudaria se os ataques prosseguissem e se ambos os lados aumentassem a agressividade. Nesse caso, seria necessário se preocupar com o impacto no preço do barril”, alerta Leandro, que também mencionou uma possível consequência negativa para a economia brasileira: a valorização do dólar.

    Segundo ele, os movimentos recentes na cotação do dólar ainda não estão diretamente relacionados ao conflito, mas um aumento nas tensões internacionais pode levar investidores a buscar a moeda como um porto seguro. Com isso, a demanda aumentaria, resultando em uma valorização frente a outras moedas, incluindo o real. “No entanto, no curto prazo, não existem sinais de que isso ocorra, a não ser que a guerra se intensifique, o que não parece ser o caso”, afirmou.

    A Responsabilidade Fiscal como Solução para Prefeituras

    Para reduzir a dependência dos cenários internacionais, Leandro sugere que os prefeitos das cidades produtoras de petróleo adotem uma postura de responsabilidade fiscal e aprimorem a aplicação dos recursos. “Um exemplo é Maricá, onde, apesar da abundância de recursos provenientes de royalties do pré-sal, não há desperdício. A administração é relativamente equilibrada, e o prefeito tem se esforçado para reduzir a folha de pagamento, permitindo a destinação de mais recursos para investimentos. Ele está focando na diversificação da economia local e investindo em infraestrutura, longe da dependência exclusiva do petróleo”, destacou.

    Outra alternativa apresentada por Leandro para que os municípios se tornem menos dependentes dos royalties do petróleo é a criação de consórcios direcionados ao turismo. “A região precisa utilizar seus recursos de maneira eficaz e se proteger contra crises no setor de petróleo. Um consórcio de municípios deve ser formado para implementar ações regionais que estimulem o turismo e o comércio, diversificando a economia. A vocação turística da região deve ser explorada com investimentos e ações que promovam diferentes tipos de turismo, como o esportivo e o de negócios”, concluiu.

    crise do petróleo economia brasileira tensão no Oriente Médio
    Share. Facebook Twitter Pinterest LinkedIn Tumblr Email
    admin_diario_rio
    • Website

    Deixe um comentário Cancelar resposta

    Facebook X (Twitter) Instagram Pinterest
    © 2025 ThemeSphere. Designed by ThemeSphere.

    Type above and press Enter to search. Press Esc to cancel.